quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma crítica de Cantando na Chuva


Direção de Gene Kelly, Stanley Donen

Em 1930 surge em Hollywood o cinema com som. Essa foi uma época muito difícil para os atores, muitos perderam os empregos, pois não se davam muito bem com essa nova tecnologia. Alguns eram incríveis com suas atuações à la Charlie Chaplin e Mr. Bean , mas na hora de abrir a boca eram péssimos (não é o caso de Charlie Chaplin e Mr. Bean , que já nos provaram que são perfeitos em tudo que fazem).

No filme Cantando na Chuva, vemos a chegada dos “filmes falantes” e a personagem Lina Lamont  é representada como a mais prejudicada. Ela não consegue pronunciar bem as palavras, tem uma voz um tanto irritante e ainda por cima não sabe cantar (lembrando-lhes que estamos falando de um musical). O charmoso Don Lockwood, por outro lado, não apresenta tantos problemas com a chegada do áudio. Ele se mostra apenas com dificuldades em se adaptar.

A trama gira em torno de um estúdio de cinema que está produzindo um novo filme. Lhes é apresentado o áudio e todos amam a ideia. Porém, na hora de produzir esse longa, enfrentam problemas como a perda de áudio (pois Lina, que dá a graça da trama, não consegue dirigir suas falas em direção ao microfone), problemas de dicção, entre vários. Quando o longa fica pronto, parece um filme de comédia, ninguém consegue parar de rir, mas por sorte eles ainda tem seis semanas antes do filme ser lançado no cinema. Então nosso mocinho Don, com ajuda de Donald O’Connor, tem a ideia de transformar o filme em um musical. A ideia é aceita e posta em prática, mas novos problemas ocorrem quando percebem que Lina não vai aceitar uma dublagem tão facilmente.

O musical é de 1952, logo, a tecnologia usada ainda era a de tecnicolor, com exceção para as cenas do filme que eles produzem (que era em preto e branco por retratar a época da chegada do som, que foi em 1930). O tecnicolor foi uma das invenções mais majestosas, em minha opinião. Pra quem assistiu a “O mágico de Oz”, de 1939 sabe que os diretores arrasaram e suaram em cada cena. Com um aspecto vintage e colorido, “Cantando na chuva” não pode deixar de ser apreciado pelos amantes do cinema e de musicais.

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