A jornada à perfeição é longa, e cara.
Um filme de Darren Aronofsky
A atuação de Portman nos capacita sentir o sofrimento da rejeição, e a angústia da não perfeição. Nessa personagem, Portman mostra seu lado melancólico, frágil, e confuso em grande parte do filme, e mais para o clímax se desafia a mostrar seu lado mau e seduzente com a loucura que a personagem Nina se vê em certo ponto da pressão que está sofrendo. E, nessas duas performances, Portman foi aplaudida.
Tratando-se de um filme focado mais nas expressões do que nos diálogos, o "Cisne Negro" foi gravado pensando em chegar nessa proximidade com o público. Mostrando cenas de dança onde só se vê o rosto dos bailarinos, focando em suas expressões. A bela jogada de filmagem também é vista na cena da queda do cisne branco, onde é quase possível sentir a dor da personagem.
Como o filme se trata de um distúrbio da mente, deve-se citar também as cenas onde Nina tem os seus quadros psicóticos. Cercada de pressão psicológica, Nina tem inúmeras alucinações durante a trama, a começar pelo momento em que ela consegue o papel de rainha dos cisnes. Onde vemos Nina feliz por ter conseguido, falando com a mãe ao telefone, e Nina traumatizada por ver escrito no espelho a palavra "vadia". Supostamente, alguém teria escrito, mas fazendo uma análise, a conclusão é que ela mesma escreveu, com o batom que ela mesma havia roubado!
Dentre as inúmeras alucinações vividas após a promoção de Nina, vale lembrar a cena ilusória de sexo. Assim que Nina começa a se abrir sexualmente, suas alucinações começam a aumentar. Desde o momento em que ela se abre para a masturbação, sua mente começa a se atrapalhar mais e mais até que começa a trazer os atributos externos de seus desejos internos para seus sonhos e alucinações.